Blarney

BLARNEY (Programa de Vigilância) é um programa de vigilância das comunicações, iniciado em 1978. A coleta ocorre em instalações de telecomunicações dos Estados Unidos, nos pontos de estrangulamento através do quais passa a maioria do tráfego de comunicações, incluindo o tráfego de Comunicações sem fio (wireless).[1][2]

As informações coletadas mundialmente pelo Blarney são compartilhadas com muitas agências nos Estados Unidos, incluindo a CIA, NSA, FBI e Departamento de Justiça, e também são compartilhadas[3] com os países signatários do Tratado de Segurança UK-USA referidos como "Cinco Olhos" (Five Eyes - em inglês): Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido.[1][4][5]

Um dos slides de uma apresentação sobre o programa de vigilância PRISM, descreve um programa chamado Coleta Upstream, como sendo "a coleta dos dados de comunicações enquanto eles passam pelos cabos de fibra e pela infra-estrutura (das redes)". E diz que coleta de dados "upstream" é realizada através de quatro programas de vigilância principais: Fairview, BLARNEY, STORMBREW e OAKSTAR.[6]

Há indicaçōes nos documentos revelados que levam à conclusão quase certa de que o BLARNEY está no mesmo grupo do PRISM que, conforme mostram os documentos da NSA, deve ser usado juntamente com o programa Coleta Upstream. Isso se explica uma vez que cada um dos programas recebe dados de fontes diferentes.[7]

O programa Blarney foi revelado em uma apresentação de slides fornecida por Edward Snowden em 2013.[8] Entre as empresas associadas a este projeto está a AT&T.[9] Em 2006 , Mark Klein funcionario da AT&t, revelou a existência da Sala 641A em São Francisco (Califórnia), onde ele observou que a NSA trabalhava com acesso direto ao sistema da AT&T. O programa foi ampliado depois de 11 de setembro de 2001. Outro ponto de "coleta upstream" , em 2006, estava em New Jersey.[10][11]

Jacob Appelbaum, em palestra dada juntamente com William Binney e Laura Poitras[12] em 20 de abril de 2012, mais de um ano antes das revelaçōes de Edward Snowden, apresentou uma lista de inúmeros locais sendo usados pela NSA para coletar dados, nos moldes da coleta feita pelo Blarney e do programa em São Francisco (Califórnia) denunciado por Mark Klein em 2006.[13][14]

  1. a b «Petrobras também foi espionada pelos EUA». CartaCapital. 9 de setembro de 2013. Consultado em 14 de março de 2014 
  2. «NSA Documents Show United States Spied Brazilian Oil Giant». 8 de setembro de 2013. Consultado em 9 de setembro de 2013 
  3. Fantástico - Petrobras foi espionada pelos EUA, apontam documentos da NSA
  4. INFO: Brasil sabia sobre espionagem dos EUA desde 2001, diz jornal | INFO
  5. «Os "Cinco Olhos" e os cegos». Carta Capital. 11 de novembro de 2013. Consultado em 17 de março de 2014 
  6. Top Level Telecommunications, Slides about NSA's Upstream collection, January 17, 2014
  7. NSA slides explicam como é feita e coleta de dados e mostram que o Upstream deve sem usado com o PRISM. Ver slide publicado em 10 de julho de 2013 com as instruções) - The Washington Post
  8. «Entenda o caso de Edward Snowden, que revelou espionagem dos EUA». G1. 2 de julho de 2013. Consultado em 14 de março de 2014 
  9. NSA paying U.S. companies for access to communications networks - The Washington Post
  10. «Espionagem mira recursos naturais, diz Celso Amorim Não é à toa que a Petrobrás e o nosso Ministério das Minas e Energia foram alvo de espionagem digital, afirmou o ministro». O Estado de S. Paulo. 24 de fevereiro de 2014. Consultado em 14 de março de 2014 
  11. Staff (6 de junho de 2013). «NSA Slides Explain the PRISM Data-Collection Program». The Washington Post. Consultado em 9 de setembro de 2013 
  12. NYTimes.com: [1] Assista aqui - Em inglês - O Programa - Como a NSA espiona - NYTimes.com]
  13. Whitney Museum of American Art: Laura Poitras: Surveillance Teach-In
  14. Como EUA espionam a rede - Jornal O Globo

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